Curiosidades


O ataque ao fogo, que suplantava as possibilidades das Corporações do Concelho de Sintra e dos limítrofes, teve de ser coadjuvado por inúmeras corporações do país, desde Lisboa até ao Ribatejo e Alentejo tomando parte nos trabalhos, como não podia deixar de ser a nossa Corporação.

Foram louvados pela sua actuação os voluntários chefes Raúl Monteiro e Manuel Campos, além de todo o Corpo Activo com os Comandante e Ajudante, tendo estes últimos passado em Sintra várias noites, pois foi estabelecido um posto central de comando e coordenador de trabalhos no quartel dos voluntários de Sintra.


In "Bombeiros Voluntários de Lisboa - Centenário (1868-1968)"


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Quando em Setembro de 1966 eclodiu o terrível incêndio que devastou impiedosamente a Serra de Sintra e vitimou 25 Militares do Regimento de Artilharia de Queluz, que vieram auxiliar os bombeiros a combater o incêndio, apenas o Ajudante Avelino Jorge Rilhas e o Bombeiro de 1.ª Classe António Moreira Saraiva se encontravam na plenitude de funções uma vez que os restantes elementos se encontravam no cumprimento de pesadas penas e até impedidos de entrar nas instalações do Quartel, salvo se convocados expressamente. Todavia, com excepção de um único elemento, todos os outros se apresentaram no fogo, permanecendo em combate activo durante os vários dias por que se prolongou o incêndio.
Com base nesta circunstância, o Presidente da Direcção, enaltecendo o espírito de serviço e abnegação demonstrados pelo pessoal do Corpo Activo, para mais não tendo obrigação disciplinar de cumprir qualquer serviço, fez uma exposição ao Inspector de Incêndios da Zul Sul, então o Coronel Rogério Cansado, conseguindo que todas as penas, mesmo uma de demissão, fossem perdoadas ao pessoal que compareceu e combateu aquele terrível incêndio.


In "Cem Anos Fazendo o Bem", dos Bombeiros Voluntários de Colares,
da autoria de António Caruna.


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A Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme 6.ª Secção que fez a sua actuação no Incêndio da Serra de Sintra, com todo o seu material que consta de:

Um pronto-socorro de Todo o Terreno (Land Rover)
Um auto-tanque pronto-socorro (Ford)
Um auto-tanque pronto-socorro (Morris)
Um auto-sapador (Ford)
Uma carrinha que transportou pessoal e alimentos, e ainda uma auto-ambulância (...).


In "Cem Anos ao Serviço da Comunidade", dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme,
da autoria de Maria Teresa Caetano.
Excerto de ofício, de 18 de Setembro de 1966, remetido ao Director-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas.


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Tendo esta Associação desempenhado uma das missões mais importantes e arriscadas, aquando do recente incêndio da Serra de Sintra, e, tendo para debelação do mesmo, sofrido graves prejuízos no seu material, que lhe vem acarretar despesas que não pode, de forma alguma suportar, devido aos precários recursos de que dispõe, os quais se resumem a uma quotização mensal de cerca de 1.500$00 e pequenos subsídios concedidos por diversas entidades, vem respeitosamente solicitar de V. Ex.ª, se digne conceder uma verba destinada à amortização das referidas despesas, as quais, como se calcula, não se encontravam previstas no nosso orçamento.

Relação dos prejuízos sofridos:

- Pronto-socorro todo o terreno ("Land Rover" embraiagem avariada - 800$00
- Auto-tanque pronto-socorro ("Ford") motor gripado - 2.200$00
- Auto-tanque pronto-socorro ("Morris") motor gripado (orçamento para a sua reparação) - 5.000$00
- 4 lanços de mangueira de 70mm a 112$30 m - 22.400$00
- 9 lanços de mangueira de 50mm a 80$30 m - 36.135$00
- 2 moto-serras de cadeia a 5.900$00 - 11.900$00
- 4 enchadas a 30$00 - 120$00
- 1 machado - 50$00
- 2 projectores portáteis a 350$00 - 700$00
- 382 litros de gasolina a 5$70 - 2.177$00
- 30 litros de óleo a 17$50 - 525$00


In "Cem Anos ao Serviço da Comunidade", dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme,
da autoria de Maria Teresa Caetano.
Excerto de ofício, de 20 de Setembro de 1966, dirigido aos Serviços Florestais e Aquícolas.


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1966 | Grande incêndio da Serra de Sintra, de 6 a 12 de Setembro, totalizando 136 horas de trabalho. Foi utilizado todo o equipamento, incluindo o grupo de moto-bombas. Todo o Corpo Activo, em turnos de 12 horas, garantiu as missões de socorro, pelo que os Lisbonenses receberam como missão a defesa de vários locais da serra. Foi montado o Posto de Socorros Móvel, que prestou inestimáveis serviços de assistência.


In "Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses - Cem Anos",
da autoria dos Comandantes França de Sousa, Lucas Novo e Costa Ferreira


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A 11 de Setembro de 1966 deu-se um grande incêndio na Quinta da Marinha que obrigou a retirar algum do pessoal e material que operavam no incêndio da Serra de Sintra ajudados pelos Bombeiros Voluntários de Mafra. Este novo incêndio durou mais de 4 horas a ser extinto por completo.


In "125 Anos ao Serviço da População", dos Bombeiros Voluntários de Cascais,
da autoria de Manuel Eugénio Fernandes da Silva.


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